Orquídea e saudades da minha avó

Orquídea Roxa

Hoje o dia começou um pouco diferente. Quando fui sair para trabalhar, olhei no quintal e vi uma orquídea. Pra qualquer pessoa podia ser apenas uma simples orquídea, mas para mim ela tem um significado especial. Ainda mais essa que possivelmente é a última que sobrou de tantas outras que uma pessoa especial cultivou, a minha avó.

Mesmo depois de tanto tempo da sua morte, ainda sinto uma saudade profunda. Ao ver as orquídeas ali, me lembrei do quanto ela zelava pelas flores. Alias as orquídeas eram as suas flores favoritas. Me lembro de ver ela cuidando e admirando. E quando ela desabrochava, dava pra ver a alegria nos olhos da minha avó.

A saudade profunda, já não vem mais com a tristeza. Mesmo com o aperto forte no peito e os olhos se enchendo de lágrimas, ainda sim não me sinto triste com a morte da minha avó. Talvez por ter entendido um pouco o significado da vida, acabei entendo um pouco mais a morte.

No começo era estranho não ter mais a presença dela. Saber que nunca mais poderia passar algum momento com a minha avó era muito triste. Por um tempo fugindo da realidade, acabei me conformando com a sua morte. Mas depois a saudade sempre vinha a tona. E com a saudade, a falta que ela faz.

Pode ter sido egoísta da minha parte, mas achava injusta a sua morte. Hoje aprendi que a morte nunca é injusta, pois a vida nunca é. Se para alguns a morte é a ausência de vida, hoje entendo que a morte é apenas o recomeço, de um ciclo, que enquanto houver vida, nunca irá se acabar. E mesmo sentindo muita saudade, não sinto mais triste pela morte da minha avó.

Mas hoje algo me fez lembrar fortemente da dona Doracy. Algo que ainda é parte da sua vida...

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